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2) A diferença entre "tomar a cruz" e "ser crucificado"

Referência Bíblica

Mateus 10:38 - e quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim.

Mateus 16:24 – Então disse Jesus aos seus discípulos: se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.

Texto explicativo

Todos nós precisamos conhecer o verdadeiro significado da cruz. Muitos pregam e até mesmo escrevem a respeito do significado da cruz, mas, em essência, o que diz a Bíblia a esse respeito? Num sentido geral, não há qualquer dúvida de que a cruz implica em sofrimento, mas isso por si só não é suficiente para entendermos o seu significado.

A crucificação era um meio usado pelo governo romano para executar criminosos. Sem dúvida que, para um criminoso, a cruz era um grande sofrimento pois ele não escolhia a crucificação, mas, ao contrário, era forçado a ela. Já a crucificação do Senhor Jesus foi muito diferente. Ele não foi forçado a sofrê-la, antes a escolheu. Ele Tomou voluntariamente a cruz e foi crucificado para o cumprimento do propósito de Deus. Em outras palavras, Ele não foi forçado a morrer como se fosse um criminoso; antes, estava pronto a ser crucificado para que, pela sua morte, sua vida divina pudesse ser liberada a fim de produzir a igreja.

Isso significa que também nós, os cristãos, não somos forçados a carregá-la, mas que devemos toma-la voluntariamente. Devemos perceber que o Senhor Jesus não disse assim: “...a si mesmo se negue e seja crucificado”, e, sim: “... a si mesmo se negue e tome a sua cruz” (Mt 16:24). Em outras palavras: não deveríamos ser crucificados (forçosamente), mas, sim, deveríamos, dia-a-dia, tomar a cruz. Ser crucificado indica que alguém está nos forçando a isso, enquanto “tomar a cruz” indica que nós mesmos nos voluntariamos a tal fato. Se você disser que seus filhos ou sua esposa o estão crucificando (contra a sua vontade), então você não é um “tomador da cruz” e, sim, alguém que sofre de maneira forçada. Não devemos ser crucificados pelos outros, antes, tomamos voluntariamente a cruz e a carregamos. Esse foi o modelo que o Senhor nos deixou.

O Senhor não sofreu como um criminoso, mas sofreu como um voluntário e feliz carregador da cruz, tendo o propósito de cumprir a vontade de Deus para produzir a igreja. Agora é a nossa vez de “tomarmos a cruz” para continuar o processo de edificação. Ou seja, a expressão “tomar a cruz” ganhará sentido em nossas vidas a partir do momento em que, voluntariamente, negarmos a nós mesmos em função da edificação do corpo de Cristo. Por isso, muitas vezes devemos perder a discussão; muitas vezes devemos abandonar as justificativas inúteis e entregar ao Senhor a direção e solução de toda questão. Esse é o caminho a ser seguido por todos aqueles que desejam ser vencedores.